terça-feira, 20 de julho de 2010

As Cilibrinas do Éden (Rita Lee & Lúcia Turnbull) (1973)




No mundo da música, se tornam folclore as histórias de “álbuns perdidos”, discos que foram gravados, mas não foram lançados durante anos, ou mesmo só “vazaram” para o público através de edições piratas. “Smile”, dos Beach Boys, “Cocksucker Blues”, dos Rolling Stones (esse, no caso, apenas um single), “The Ties That Bind”, de Bruce Springsteen & E Street Band, “Tecnicolor”, d’Os Mutantes e “Black Album”, do Prince, são alguns exemplos que nos levam a preciosidade presente neste texto. Em 1972, Rita Lee estava confusa. Ela já tinha dois discos solos na bagagem que não cortavam o cordão umbilical com Os Mutantes – o primeiro, “Build Up”, de 1970, havia sido produzido por Arnaldo Baptista e Rogério Duprat, e o segundo, “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, de 1972, era um disco d’Os Mutantes creditado a ela – mas havia finalmente deixado a banda (ou, segundo a própria, convidada a se retirar) e não queria aceitar o conselho do diretor da gravadora Phillips, André Midani, de sair em carreira solo. Rita era amiga de Lucia Turnbull, uma paulistana que, como ela, havia morado dois anos em Londres, e também participado das gravações de “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida” fazendo vocais. Com Lucia, Rita Lee decidiu formar a dupla Cilibrinas do Éden, buscando uma sonoridade calcada em violões e nos doces vocais de ambas, que soavam maravilhosamente bem juntos. “Cilibrina”, na gangue d’Os Mutantes, era a palavra código para maconha... Continue Lendo no Scream Yell
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