terça-feira, 22 de novembro de 2011
Zé Gleisson - Urbano, Demasiado Urbano (2011)...
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Eis aqui o disco do músico pernambucano Zé Gleisson, outrora baterista e que atendia pela alcunha de Gleisson Jones. Eis aqui um registro corajoso, um reencontro, um retorno ou procura pelo que parecia ter se perdido pelos caminhos da vida. Foi necessário o músico sair do Recife e entrar em choque na hora do rush em meio a estação da Luz, em São Paulo, e assim voltar um pouco no tempo para perceber que, como diz o agora zé: "É doloroso se dar conta de que você trocou seus sonhos de alma por outros que lhe venderam numa propaganda qualquer. Naquele momento a verdade borrou a maquiagem de segunda que coloria meu mundo, e eu não tive outra escolha, a não ser cantar esse abominável mundo novo que eu passara a enxergar dentro e fora de mim." Este disco conta com algumas faixas que saíram num EP ano passado, mas aqui vão remasterizadas e fazendo parte da obra completa, de uma pessoa que um dia conheci e hoje se expõe corajosamente num registro para seres conscientes....
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Achei interessante a resenha, mas fazia tempo que eu não precisava pausar um álbum antes do fim. Definitivamente, não é um bom disco. Não por ser "ruim", mas pelo fato de não ter nenhum brilho especial, é um mela-cueca sem graça, sem nenhum diferencial. Não gostei.
ResponderExcluirAté tem umas guitarras legais, mas é bem isso que o Luan disse: sem brilho.
ResponderExcluirEngraçado como é o gosto. A minha visão foi diametralmente oposta a das figuras acima, Luan e Raffa. Embora respeite suas opiniões e sensações no que se refere ao álbum de Zé Gleisson. Em realidade, senti também uma vontade estranha de pausar o álbum diversas vezes, mas foi devido a uma causa diferente. Notei uma preocupação estética não apenas com a sonoridade, mas com o dizer. Há um certo apuro formal e um lirismo desesperado que combinou bem com a atmosfera criada no disco. Por isso, era muito limitador e estúpido escutar as canções sem parar para refletir e digerir com sensibilidade e consciência. Nesse ponto, aproveito o que Raffa falou a respeito das guitarras e ressalto a histeria nervosa delas em alguns trechos, sobretudo na emblemática "Lolita na Rua do Amparo" e na estarrecedora "Amigo de aluguel". A problemática do "brilho" é por demais subjetiva, portanto não vou entrar no mérito de comentar isso, até porque não vi um argumento plausível ou concreto no discurso de Luan. Por fim, achei o disco uma obra-prima ainda incompreendida. E reitero mais lúcido ainda minhas palavras iniciais: "engraçado como é o gosto".
ResponderExcluirÉ isso: "Uma obra prima ainda incompreendida" como disse o amigo acima.
ResponderExcluirLetras de conteúdos profundos, vindas da dimensão do existencial,que precisam ser escutadas com calma e atenção para serem compreendidas em todo o seu significado subjetivo.
Não tenho a pretensão de analisar esta obra de uma forma técnica e nem tenho competência para isso. Externo a minha opinião baseada no que me tocou enquanto ouvinte e apreciadora de músicas de boa qualidade.
Enfim, gostei muito do disco, que contempla satisfatoriamente o meu nível de exigência mais apurado, quando o assunto é música!!!