terça-feira, 11 de agosto de 2015

Gui Amabis - Ruivo em Sangue (2015)...





Inquietante. Esse é o adjetivo que podemos utilizar para definir toda a estética artística do músico, cantor e compositor paulistano Gui Amabis. Há uma inquietação nas letras, na distorção das guitarras, nos silêncios, nos espaços, nas melodias que parecem ser doces – mas não o são. Gui Amabis produz um ambiente labiríntico, uma espécie de cenário kafkiano, que consome, desgasta, provoca espanto. O ouvinte aprecia as músicas de soslaio, com os olhos arregalados, um certo temor de envolver-se, em ser consumado, consumido. Ruivo em Sangue é o seu terceiro trabalho solo. Os dois primeiros álbuns foram bastante elogiados, cada um ao seu estilo: Memórias Luso/Africanas, o seu disco de estreia de 2011, faz um resgate (memorial) da imigração portuguesa para o Brasil, a partir das narrativas de seus familiares. É um álbum melancólico, mas não por isso individual, auto-referente. Prova disso são as participações de outros artistas neste disco, como Tulipa Ruiz, Céu, Criolo e Lucas Santtana... Leia Mais
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