sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Caio Bosco - Cerebral (2015)
"Num universo de tendências e pressupostos musicais tão bem contornados, romper as fronteiras estéticas e propor algo de novo é tarefa árdua e incomum. Neste sentido, e indo na contramão de formas e parâmetros óbvios, o músico do Guarujá Caio Bosco lança seu primeiro disco solo, homônimo.Para quem não o conhece, Caio Bosco começou sua carreira em 2005 com o duo Radiola Santa Rosa e com seu álbum de estreia, “Disqueria”, uma mistura de hip hop, dub e tropicalismo. No final de 2007, depois do término do projeto, foi desenvolvendo suas próprias canções e sua sonoridade, até “Diamante EP” de 2009, um trabalho lo-fi, com seis faixas que propõe uma música brasileira calcada no rock, funk/soul 70’ e eletrônica.De lá para cá, o músico teve oportunidade de recrutar nomes como Jim Waters (Jon Spencer Blues Explosion, Sonic Youth e Calexico) e Alexandre Basa (Wallbangaz, Black Alien e Turbo Trio), além do percussionista Malásia (membro original da banda gaúcha Ultramen) para a produção de seu disco. As gravações foram feitas em home estúdios e estúdios profissionais em Guarujá, Santos e São Paulo, a mixagem do álbum foi toda feita em sistema analógico por Jim Waters em Tucson/Arizona e a Masterização a cargo de Fred Kevorkian (White Stripes, Iggy Pop) em NY/EUA.Sintetizando todos esses vetores, Caio Bosco (o disco) é uma demonstração do primor na busca por uma linguagem própria. Seja em timbres, temáticas de letras ou pelo conceito (quase esotérico) que amarra todo o trabalho, cada elemento parece ser milimetricamente pensado para ter seu tempo e coerência. Formalmente, o trabalho pode presumir correntes como o funk setentista, ou um rock de sofisticação, mas reduzir todo o universo possível de interpretações a gêneros e perder a oportunidade de uma fruição completa", continue lendo.
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