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Nesse disco resolvi pegar o violão de novo (antes tava ou na guitarra ou nas programações e synths) e gravar tudo (quase tudo, na verdade) no celular. No disco anterior, "Uma Palavra Que Não é Minha", fruto de um ano de trabalho sofrido em uma editora religiosa, eu gravei tudo durante um ano, aos poucos, refazendo, polindo e tal. Dessa vez, não. Não que tenha sido rápido, porque não foi. Pelo contrário – foi sem pressa. Mas foi feito apenas com a preocupação de registrar as músicas conforme elas iam aparecendo. Nas letras eu falo de mim e das coisas que acontecem ou aconteceram ou queria que acontecessem ou com as quais sonho, né, embora eu ainda planeje um dia fazer um disco sem a palavra "eu". Vamo ver se rola (espero também fazer discos de humor no futuro). Toquei tudo que tá no disco e escrevi tudo, exceto letra e música de Fala, Amigo, que minha mãe e meu tio compuseram juntos quando eram moleques (descobri numa fita velha). Também produzi tudo que era "produzível", menos Pássaros e Me Esqueça, que foram gravadas e produzidas por Gabriel Pimenta no Estúdio Verde, no Rio. Tem muita música minha no soundcloud. Tem mais de 80 faixas lá, mas como parei de pagar os agora 50 reais mensais pros caras, bloquearam boa parte delas. Palhaçada. Enfim, coisas dessa vida que tem seu lado desgraçado. O disco está saindo pela Lixo Records e quem fez a capa foi a sensacional dupla de ilustradores/tatuadores Vitor Almeida Lopes e Leozinho Anterio Hugenschmidt...
Marcio Teixeira de Mello
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