sexta-feira, 9 de junho de 2017
Trompa - trompa se apresenta #6: trompa vaga pela noite e é consumida pelo fogo (ao vivo minor house) (2017)
"toda vez que a trompa ameaça se desintegrar e hibernar em profundo não-vazio, começando a correr o perigo de carecer de sentido, sopra um vento tropical que reúne os trompístas. assim, ao serem convidados para dividirem a agradável noite do dia dezenove de maio do ano de dois mil e dezessete com as ondas escuras dos the completers, apresentando mais um ritual de abolição da lógica e de tudo que é prático em favor do pacificado estado de espírito em que tudo é igual e nada tem importância, pouco importava se tudo parecia mais incerto do que nunca. a trompa, ao performar, é abraçada pelo absoluto. não há respostas. absoluto, que aparece em experiências passageiras - o sorriso gentil de uma criança, o sorriso caloroso de uma pessoa que a outros olhos sugeriria rudez. em momentos tão miraculosos, mas extremamente frágeis, uma outra dimensão transparece na realidade dos trompístas. como tal, o absoluto é facilmente corroído. desliza muito facilmente através de nossos dedos e carece de ser experienciado com cuidado e delicadeza. dessa forma a trompa segue, sem ponto de partida ou chegada para ameaçar com suas sensações e significados o esvaziamento preenchido de seu absoluto, finalmente libertos da prisão da identidade, reduzidos a meras frequências, como qualquer outra coisa no universo, sem o ruído distorcido que a presença transmite à sua não-mensagem. o preço a se pagar é alto, mas a trompa o aceita: ser indistinguível das outras frequências que passeiam pelo imaculado espaço da minor house, cada uma com seu significado que se mantém oculto e indecifrável, por que, fora daqui, não há ninguém capaz de nos receber e entender agora. a trompa, assim como as corujas, não é o que parece".
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