quarta-feira, 19 de julho de 2017

G.Paim - Sharpest Knife (2017)...




A estrutura eletrônica instalada em “Sharpest Knife” consome o ouvinte ao criar paradoxos que se adaptam estranhamente na vertigem. O que é contado como procedimento variado – a guitarra na primeira música (embora eu não esteja inteiramente convencido de que se trata de uma guitarra) ou a ambientação meio deep house na quarta faixa, “Kill Box” – advoga pela impossibilidade do Uno. Ainda assim, como dito, é formidável como o “clima” do disco resiste, apesar de operações superficialmente divergentes. É, portanto, no efeito “estranho” que, totalitariamente falando, “Sharpest Knife” possa ser executado como um disco, como uma peça Una. Ainda assim as situações nas faixas sempre crescem exponencialmente e por isso determinam que o acúmulo de procedimentos é na verdade o método original de composição. O que é muito difícil e a execução de Paim (G. Paim é o músico Gustavo Paim, de Curitiba) neste sentido é formidável (por exemplo, a forma com que as vozes entrecortadas soam ora no fone esquerdo ora no fone direito, às vezes nos dois, no início de “Quase Réptil”).... VIA
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