sexta-feira, 25 de agosto de 2017
NVS - Casa (2107)...
Afinal de contas tudo é muito novo: cultura, jeito de agir, hábitos, sotaques, ideologias, riscos, dificuldades de adaptação, inseguranças…. mas principalmente o sentimento tão profundo de Saudade. Ele que é inerente a todo ser humano que por onde quer que passe deixa marcas. Algumas mais profundas do que outras, isso é bem verdade, mas que não consegue tirar todas aquelas correntes imaginárias de seus pés. Isso não é algo necessariamente ruim. O sentimento de nostalgia em doses periódicas faz até que bem. Até por isso ainda nos reunimos como nossos velhos amigos após anos “sem trocar figurinhas” e nos sentimos renovados. Essa provação pessoal em viver em um lugar distante também nos leva a tentar criar raízes. Isso leva um tempo, tempo para que chamemos aquele novo lugar de lar. E isso depende muito de como somos recebidos e de toda nossa inquietude em desbravar o novo. Se a questão se baseia em sair do conforto e “sair do conforto” também pode virar arte, o lançamento que iremos falar hoje tem tudo a ver com isto. Gabriel Novais é cearense mas há cerca de 2 anos reside na capital paraibana, João Pessoa. Ao lado de Vitor Figueiredo e Luiz Lopes ele faz parte da Emerald Hill. Uma das bandas que no começo do ano até apontei como uma das promessas para 2017. O som tem como influências Shoegaze, Post-Punk, Rock Alternativo e Emo. Tendo inclusive no fim do ano passado lançado o single Presciência (Ouça no Spotify). Gabriel também tem como projeto a Fiasco Records que em sua própria descrição diz algo como: “É um selo musical? Uma produtora? Um home studio? É tudo isso. Mas a Fiasco é, principalmente, a demonstração de que, pra fazer arte, não precisa de muita grana. É a oportunidade que a galera da música independente de João Pessoa tava esperando. É o que a galera que curte um show irado tava precisando pra agitar a cena da cidade.” Esse desejo de fazer acontecer e explorar diversos formatos que talvez tenha feito ele se interessar por um projeto tão distinto e autobiográfico como é o NVS. Nele ele se despe das máscaras sociais e discorre sobre seus medos, suas passagens, transformações, conflitos desse vai e vem e abre o diálogo. Sai da zona de conforto de falar de temas mais subjetivos e abre o coração para falar sobre saudade... VIA
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