terça-feira, 29 de maio de 2018

Guerrinha - Wagner (2018)...




Há tempos nos envolvendo com seu fascínio pelas sonoridades da década de 1980/90, o carioca Gabriel Guerra mostrou em cada projeto particularidades que traziam diferentes aspectos do mesmo zeitgeist. Séculos Apaixonados traduzia uma experiência romântica com timbres distópicos. Já Crusader de Deus era veloz e voraz em sintonia com a acelerada e arcaica tecnologia que se desenvolvia. E, no selo de música Eletrônica 40%Foda/Maneiríssimo, videogames e infomerciais se juntavam em nomes como Repetentes 2008 e Os Maneiros. Agora, com tanta experiência e investigação de samples do final do primeiro milênio, Gabriel está pronto para usar tudo isso a favor da única narrativa que ainda não ouvimos sair de seus teclados MIDI: a sua. Sob o nome carinhoso de Guerrinha, o produtor e compositor carioca traz à vida um retrato soturno de seu passado sem necessariamente apelar para uma característica confessional do singer-songwriter típico.Seu registro Wagner, cujo nome é referência a seu ídolo do futebol botafoguense, ganha a característica de disco apenas pela comodidade, pois seu verdadeiro aspecto se assemelha bem mais ao de um museu vazio (visitado durante o período da noite), nos conduzindo por diferentes locais, descritos nos títulos das faixas... VIA
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