segunda-feira, 25 de junho de 2018

Samba de Coco Raízes de Arcoverde - Maga Bo Apresenta Samba de Coco Raízes de Arcoverde (2018)...



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Assim como Konono Nº1 Meets Batida (parceria entre o grupo congolês e o DJ e produtor congo-português) e Candombless (de Carlinhos Brown), Maga Bo Apresenta Samba de Coco Raízes de Arcoverde é um álbum que, numa vista rápida, tende a ser analiticamente reduzido ao típico “encontro entre tradição e modernidade”. A música, no entanto, insiste em massacrar vigorosamente os binarismos local/global, folclore/pop. Afastando-se do fetiche multiculturalista moderno que cerceia práticas regionais sob a clausura do “exótico”, o disco afirma uma tradição deslizante, rizomática, que trata de minar o tradicional e reinventa-se nos seus próprios atos de invenção sonora. Para tratar do Samba de Coco Raízes de Arcoverde, é preciso enxergar o ritmo como uma ciência. No livro More Brilliant Than the Sun: Adventures in Sonic Fiction, Kodwo Eshun cria o conceito de hiperitmo: um ritmo pós-humano, impossível de ser tocado. “[O hiperitmo] impacta em níveis insuficientemente explicáveis as linguagens normais dos sentidos”, descreve o crítico. “As batidas tornam-se abstratas no ponto em que o corpo sucumbe às sensações que induzem uma ‘crise do golfo’ no discurso, quando a linguagem sucumbe e falha, felizmente”... VIA
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