quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Oruara - Ascendente (2018)...




Ele me apresentou o Led Zeppelin, abriu os meus caminhos e quando eu não dava certo em emprego nenhum, me levou pra trabalhar com ele naquela sala que ele chamava de oficina e consertava todas aquelas malas, mochilas, cases e afins no centro do Rio. Mesmo eu não me dedicando ao mesmo oficio que o dele eu estava ali, ao seu lado, fazendo entregas de serviços, olhando a oficina quando ele saia, colocando uns rebites e ilhoses. Quando ele não precisava de mim eu me afundava em sebos abandonados atrás de revistas, livros e discos que custassem o mais barato possível. Foi nessa época que ele me apresentou o centro, eu nunca mais fui a mesma pessoa quando tomei gosto por todas aquelas ruas e perdi o medo de andar em qualquer horário.O Escritório fica a alguns passos da oficina dele, quando tive a ideia ele deu moral, apoiou e me ajudou em tudo, desde um vazamento no vaso até ir comprar cerveja pra evento de carro (coisa que fazíamos muito). Quando fizemos o primeiro evento na rua, estava chuviscando e ele foi até a oficina e voltou com uma lona pra cobrir pelo menos os instrumentos caso aumentasse a chuva (que aumentou)"Ascendente" presta uma singela e honesta homenagem a meu pai e simboliza a saudade em algumas letras e todo o momento que o disco se perde e se encontra. O disco foi composto e gravado de maneira espiritual, com ajuda do tempo e guiado por pessoas iluminadas, Bigú Medine, João Casaes, Phill Fernandes, Laura Lavieri, Cacá Amaral, Leandro Archela e Iládio Davesse...

Por Lê Almeida.
Tags:  , , , , , ,          

Nenhum comentário:

Postar um comentário