quarta-feira, 10 de julho de 2019

Imperador Sem Teto - Lado A (2019)...




Há cerca de um ano, Sobrevivendo no Inferno foi selecionado como obra obrigatória do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sendo posteriormente transposto aos livros pela Companhia das Letras, obra que ganhou novos contornos com o texto de apresentação de Acauam Silvério de Oliveira, professor de Literatura da Universidade de Pernambuco.Em um dos trechos do texto de apresentação, Acauam procura traduzir para o leitor o impacto no cenário nacional de Sobrevivendo no Inferno. O professor coloca a obra em pé de igualdade a Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) e Terra em Transe (Glauber Rocha), por exemplo. Também cita o ensaísta Francisco Bosco, para quem a obra fez com que os debates identitários extrapolassem as fronteiras da academia e dos movimentos sociais.Sobrevivendo no Inferno deu novos contornos ao termo “periferia”, como aponta o sociólogo Tiaraju D’Andrea. Não apenas mais um signo de pobreza e violência, mas, também, cultura e potência. Ou seja, estamos, desde então, diante de novas elaborações coletivas de referência à periferia. Ainda que à margem, agora esses cidadãos periféricos se apropriam de sua própria imagem, construíram uma voz própria. Dessa nova realidade surge a Imperador Sem Teto, de Curitiba, mas também das periferias do Brasil... VIA
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