quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Kiko Dinucci - Rastilho (2020)...





Rastilho, segundo disco solo de Kiko Dinucci, é uma bordoada sonora, seja na forma que ele desce a mão no violão, seja no canto triste que entoa mensagens diretas, muitas vezes mesmo sem letra. Resgatando o jeito rude e ríspido de tocar o instrumento que o consagrou nos primeiros discos do Metá Metá e do Passo Torto, ele agora o isola para ser ouvido sem nenhum outro acompanhamento senão as melodias vocais. Acústico e pesado, Rastilho transforma o violão de Kiko em uma arma de fogo verbal, disparando canções que atravessam o coração – de diferentes formas. São lamentos instrumentais (“Exu Odara”) e cantos de terreiro (“Olodé”, “Foi Batendo o Pé Na Terra”), crônicas de quebrada (“Febre de Rato” e “Veneno”, com Ogi, quando o rapper e cantora Juçara Marçal se engalfinham numa introdução à Tom Zé) e sambas de roda (“Foi Batendo o Pé Na Terra”, “Tambú e Candongueiro” que já havia gravado com o Grupo Afromacarrônico, “Vida Mansa”, eternizada por Cyro Monteiro), quase sempre acompanhado pelo luxuoso coro feminino composto por Dulce Monteiro, Maraísa, Gracinha Menezes e pela própria Juçara... VIA
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