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Proeminente em discos e shows produzidos na cena paulistana ao longo dos anos 2010, o toque pontiagudo da guitarra de Guilherme Held sempre deixou evidente que o músico paulista – nascido em Araçatuba (SP), mas há anos em cena no organizado caos cinzento da cidade de São Paulo (SP) – é discípulo de Alexander Gordin. Guitarrista made in China, Lanny Gordin – como é conhecido artisticamente no Brasil este músico fundamental na criação da identidade musical da Tropicália – é seguido por Held com devoção e também com a certeza de que ele próprio, Held, já deixou marcas na música brasileira contemporânea do século XXI com os toques psicodélicos, climáticos e/ou roqueiros da guitarra Gibson de seis cordas. Tanto que discípulo e mestre se irmanam sob os improvisos livres de Pingo d'água (Guilherme Held e Lanny Gordin), música que encerra o primeiro álbum de Held, Corpo nós, programado para chegar ao mercado fonográfico na sexta-feira, 2 de outubro. O encontro legitima a trajetória de Held, mas não espere ouvir no disco muitos solos da guitarra Gibson 335 manuseada pelo músico com metade das 12 cordas originais. Em Corpo nós, Held quer conquistar ouvintes com a rebuscada trama de timbres que encorpam repertório autoral e que vão além do universo musical de Gordin. É o compositor que pede passagem no disco, se sobrepondo ao guitarrista, por mais que haja eventuais experimentações feitas na guitarra – como na gravação de O homem triste (Guilherme Held e Romulo Fróes), música cantada por Iara Rennó – e por mais que haja também um ou outro solo, como o feito na introdução já aliciante da inspirada música que abre o álbum, Tempo de ouvir o chão (Guilherme Held e Clima), composta com evocações intencionais do cancioneiro de Milton Nascimento no Clube da Esquina... Continue Lendo no TVKWeb
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