XX discos legais que você deveria ter ouvido em 2020...

Estamos chegando ao fim de um ano bastante dificil, muito dificil mesmo, quase impossivel e tudo indica que ano que vem vai ser pior. Pensei muito se seguia os rituais de fim de ano, como esse de destacar álbuns em listas pessoas e duvidosas. Mas se teve uma coisa que acalentou esse ano, foi a música produzida nesse Brasilzão sem governo e nem vacina. Tanto que chegamos ao fim do ano com a marca de 475 álbuns/EPs/ trabalhos lançados no ano de 2020 e postados no blog e mais de 512 mil visitas ao blog nesse ano. Isso porque temos mais uns 50 guardados pra soltar por aqui no ano que vem, ou seja, a produção foi insana, num ano muito dificil e isso merece no minimo, ser destacado com louvor. Ontem soltamos nossa coleta mensal de número 127 (confira aqui), seguimos firme mostrando da maneira mais diversificada possivel a música produzida no país.

Estes não são os melhores álbuns/ registros sonoros/ discos brasileiros de 2020, mas são os que mais ouvimos e curtimos! Um ano que teve como grande destaque um álbum foda lançado em Janeiro (Rastilho é foda mesmo!) e um "retorno aos holofotes" de um dos maiores nomes da música brasileira, que na realidade nunca esteve ausente da música feita por aqui (o Rastilho também é sobre Mateus Aleluia). Já que falamos do Kiko Dinucci, vale dizer que o Thiago França previu o isolamento antes da pandemia acontecer e lançou um baita registro do relacionamento dele com o sax. 

Muita gente atacou de beatmaker em 2020, o baixista Marcelo Cabral foi um deles, mas poucos acertaram como ele. Outro beatmaker, que já criava beats antes de ser modinha, que acertou em cheio foi o gringo paraibano Riegulate. Lá do sul, outro beatmaker antes de ser modinha que mandou benzão foi o  Pianki. De Sampa, o trio Febem, Fleezus & Cesrv, misturou rap com funk e grime, estilo que eu nunca tinha prestado muita atenção, mas curti pacas! E concordamos que o melhor hip/hop do Brasil atualmente é o mineiro, mas quando falamos isso nos referimos ao baita álbum lançado pelo Matéria Prima e o Best Duo formado por Iza Sabino e o FBC.

Também de Minas, a banda Tarda, apresentou seu baita álbum de estreia. O Jonathan Tadeu fez o álbum mais triste do ano, poderia se chamar 2020. ÀIYÉ, o projeto solo da Larissa, finalmente lançou seu registro e deixou claro que Larissa é uma das artistas mais incriveis do Brasil. O quinteto Satanique Samba Trio segue vanguarda e presepeiro, ainda bem, que forrível! O guitarrista paulista Guilherme Held lançou um dos álbuns solos mais coletivos que já vi e que mistura boa! O pernambucano Zé Manoel abriu o coração e emocionou todo mundo. O baiano do mundo, Tiganá Santana, foi outro que emocionou bastante com seu Vida-Código.
 

O álbum do Sarine, projeto solo do Marian, batera da Deafkids e, vez outra, Rakta, me deixa zonzo toda vez que ouço, então vai com calma. O experimento sonoro da M.Takara & Carla Boregas também é um dos melhores momentos do ano. Assim como o desmonte do forro pé de serra feito pelo Trio Pó de Serra, na estreia do selo fictício, meu novo selo favorito. O punk da Futuro quase sempre bate e fica, não foi diferente no novo trampo.

Se você acha realmente um absurdo termos deixado algum trabalho de fora, tem uma aba de contatos com nosso mail e tem os comentários aqui do post onde você pode falar tudo que você curtiu e não apareceu por aqui! Segue os álbuns linkados pra download/ streaming em ordem alfabética! Se você deixou algum passar, se joga! Ouça e dissemine!

ÀIYÉ – Gratitrevas

FBC & Iza Sabino - BEST DUO

Febem, Fleezus & Cesrv - BRIME! 

Futuro – Os Segredos do Espaço Tempo

Guilherme Held - Corpo Nós

Jonathan Tadeu – Intermitências

Kiko Dinucci – Rastilho

M.Takara & Carla Boregas - Linha D’Água

Marcelo Cabral - Naunyn

Matéria Prima – Visão

Mateus Aleluia – Olorum

Pianki - Quase

Riegulate – JUPITER

Sarine - Raízes Aéreas

Satanique Samba Trio – Forrível

Tarda – Futuro

Thiago França - KD VCS

Tiganá Santana - Vida-Código

Trio Pó-de-Serra - Forró Abstrato

Zé Manoel - Do Meu Coração Nu