Parece que, volta e meia, surge em Minas Gerais um mistério musical instigante. Nos anos 1970, o Clube da Esquina misturou a progressividade beatlemaníaca ao espírito quase xamânico das montanhas de Minas. Já nos 1990, o Skank compreendeu que o Pop mais chiclete possível também poderia ser fonte de originalidade e ambição musical. No meio dos 2010, um grupo de jovens resolveu ir para um lado mais agressivo, criando uma cena caprichada em referências do Shoegaze e Emo, destacando nomes como Jonathan Tadeu, Fernando Motta e El Toro Fuerte. E mais recentemente, beirando o final da década passada, alguns artistas retornaram à música mais intimista, enxergando no Indie Folk um campo fértil para mergulhos internos. É desse lugar íntimo que Jennifer Souza vem. Integrante de bandas como Transmissor e Moon, a cantora e compositora se firmou dentro desse Folk há tempo considerável. Seu disco de estreia, Impossível Breve (2013), é fundamental para sacar sua arte – não de um ponto de vista apenas técnico, mas a respeito das sensações que evoca. Com predileção por arranjos brandos e suaves, a narrativa de Jennifer é quase traiçoeira. Quanto tudo parece sob controle, surge a intensidade, uma espécie de purgação repentina, que chega acompanhada, entretanto, de leveza musical. Após uma espera de oito anos, seu segundo disco de estúdio revela como o tempo refinou ainda mais essa dualidade entre introspecção e catarse que Jennifer carrega... Continue Lendo no MonkeyBuzz
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
Jennifer Souza - Pacífica Pedra Branca (2021)...
Download: Pacífica Pedra Branca (2021).rar
Parece que, volta e meia, surge em Minas Gerais um mistério musical instigante. Nos anos 1970, o Clube da Esquina misturou a progressividade beatlemaníaca ao espírito quase xamânico das montanhas de Minas. Já nos 1990, o Skank compreendeu que o Pop mais chiclete possível também poderia ser fonte de originalidade e ambição musical. No meio dos 2010, um grupo de jovens resolveu ir para um lado mais agressivo, criando uma cena caprichada em referências do Shoegaze e Emo, destacando nomes como Jonathan Tadeu, Fernando Motta e El Toro Fuerte. E mais recentemente, beirando o final da década passada, alguns artistas retornaram à música mais intimista, enxergando no Indie Folk um campo fértil para mergulhos internos. É desse lugar íntimo que Jennifer Souza vem. Integrante de bandas como Transmissor e Moon, a cantora e compositora se firmou dentro desse Folk há tempo considerável. Seu disco de estreia, Impossível Breve (2013), é fundamental para sacar sua arte – não de um ponto de vista apenas técnico, mas a respeito das sensações que evoca. Com predileção por arranjos brandos e suaves, a narrativa de Jennifer é quase traiçoeira. Quanto tudo parece sob controle, surge a intensidade, uma espécie de purgação repentina, que chega acompanhada, entretanto, de leveza musical. Após uma espera de oito anos, seu segundo disco de estúdio revela como o tempo refinou ainda mais essa dualidade entre introspecção e catarse que Jennifer carrega... Continue Lendo no MonkeyBuzz
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