Poucas vezes antes Baco Exu do Blues pareceu tão exposto quanto nas canções de QVVJFA? (2022, 999). Sequência ao material entregue pelo rapper no caseiro Não Tem Bacanal na Quarentena (2020), registro produzido e lançado no início do período de isolamento social, o trabalho de essência agridoce se divide entre momentos de maior celebração e versos consumidos pela dor. São composições ancoradas em relacionamentos fracassados, romances perfumados pelo sexo, medos e versos sempre intimistas, conceito que tem sido explorado desde o introdutório Esú (2017), mas que ganha novo resultado à medida que o artista baiano utiliza das próprias angústias como um importante componente de diálogo com o ouvinte. “Usamos drogas pra esconder nossa dor / Diamantes nas correntes pra ofuscar nossa dor / Cravejamos o sorriso, não vão ver nossa dor / Pago dez mil nesse tênis, tô pisando na dor“, detalha em Autoestima, música que sintetiza a fragilidade emocional explícita durante toda a execução da obra. É como uma fuga do repertório entregue durante o lançamento de Bluesman (2018), trabalho de essência grandiosa em que amarra conquistas pessoais e exaltações ao povo preto de forma sempre provocativa. Instantes em que o rapper preserva traços significativos da própria identidade criativa, porém, desaba emocionalmente... Continue Lendo no Música Instantânea
domingo, 13 de fevereiro de 2022
Baco Exu do Blues - QVVJFA? (2022)...
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Poucas vezes antes Baco Exu do Blues pareceu tão exposto quanto nas canções de QVVJFA? (2022, 999). Sequência ao material entregue pelo rapper no caseiro Não Tem Bacanal na Quarentena (2020), registro produzido e lançado no início do período de isolamento social, o trabalho de essência agridoce se divide entre momentos de maior celebração e versos consumidos pela dor. São composições ancoradas em relacionamentos fracassados, romances perfumados pelo sexo, medos e versos sempre intimistas, conceito que tem sido explorado desde o introdutório Esú (2017), mas que ganha novo resultado à medida que o artista baiano utiliza das próprias angústias como um importante componente de diálogo com o ouvinte. “Usamos drogas pra esconder nossa dor / Diamantes nas correntes pra ofuscar nossa dor / Cravejamos o sorriso, não vão ver nossa dor / Pago dez mil nesse tênis, tô pisando na dor“, detalha em Autoestima, música que sintetiza a fragilidade emocional explícita durante toda a execução da obra. É como uma fuga do repertório entregue durante o lançamento de Bluesman (2018), trabalho de essência grandiosa em que amarra conquistas pessoais e exaltações ao povo preto de forma sempre provocativa. Instantes em que o rapper preserva traços significativos da própria identidade criativa, porém, desaba emocionalmente... Continue Lendo no Música Instantânea
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