“Dádiva” é o nome do terceiro disco da pernambucana Doralyce. — A estética cultural do afrofuturismo elevado à potência sonora da terra efervescente de Pernambuco. Uma dádiva ouvir isso que ecoou nos meus fones de ouvido, é vívido e muitas vezes extremamente visceral. Desde o começo eu já estava entregue a riqueza de sons que englobam toda a construção das músicas. Simplesmente uma revolução de ancestralidade em cada elemento que ali, nas canções, estavam expostos. Com certeza nada foi acidental, para chegar aonde esse disco chegou, demandou estudo. Em versos como “eu renasci, eu sou uma preta livre!”, Doralyce reforça a herança e muita da amefricanidade que Lélia Gonzalez tanto estudou por muitos anos. Expostas em rimas durante boa parte do álbum, as questões cantadas pela artista remetem bem há algumas passagens dos manuscritos de Lélia, como: “Ao reivindicar nossa diferença enquanto mulheres negras, enquanto amefricanas, sabemos bem o quanto trazemos em nós as marcas da exploração econômica e da subordinação racial e sexual. Por isso mesmo, trazemos conosco a marca da libertação de todos e todas. Portanto, nosso lema deve ser: organização já!”... Continue Lendo no Polvo Manco
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Doralyce - Dádiva (2022)...
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“Dádiva” é o nome do terceiro disco da pernambucana Doralyce. — A estética cultural do afrofuturismo elevado à potência sonora da terra efervescente de Pernambuco. Uma dádiva ouvir isso que ecoou nos meus fones de ouvido, é vívido e muitas vezes extremamente visceral. Desde o começo eu já estava entregue a riqueza de sons que englobam toda a construção das músicas. Simplesmente uma revolução de ancestralidade em cada elemento que ali, nas canções, estavam expostos. Com certeza nada foi acidental, para chegar aonde esse disco chegou, demandou estudo. Em versos como “eu renasci, eu sou uma preta livre!”, Doralyce reforça a herança e muita da amefricanidade que Lélia Gonzalez tanto estudou por muitos anos. Expostas em rimas durante boa parte do álbum, as questões cantadas pela artista remetem bem há algumas passagens dos manuscritos de Lélia, como: “Ao reivindicar nossa diferença enquanto mulheres negras, enquanto amefricanas, sabemos bem o quanto trazemos em nós as marcas da exploração econômica e da subordinação racial e sexual. Por isso mesmo, trazemos conosco a marca da libertação de todos e todas. Portanto, nosso lema deve ser: organização já!”... Continue Lendo no Polvo Manco
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