“No sertão do meu padim, no sertão de gente assim, cabeludo tem vez não”, versos de Xote dos Cabeludos, de José Clementino, com que Luiz Gonzaga, em 1967, fustigava a juventude que aderia a cabeleira longa e ao rock and roll, e não queria saber de baião. No auge do iê-iê-iê, ele se viu obrigado a fazer a praça nordestina, onde ainda tocava bem, ou então os nichos de conterrâneos no Rio ou São Paulo. No entanto, no inicio da década de 70, ocorreu um fenômeno que iria mudar o rumo da carreira de seu Luiz. Os elogios a Luiz Gonzaga e as regravações de músicas de sua obra feitas pelos tropicalistas levaram os jovens a se interessarem pelo Rei do Baião, e ele a se aproximar do novo público. Além de tocar nos festivais do Sudeste, a partir de 1971, Lua participou, em 1973, no Recife de um no Geraldão, com a turma do udigrudi, Tamarineira Village, Phetus, Lula Cortês, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, entre outros. E do desbundado I Parto da Música Livre do Nordeste, no Teatro de Santa Isabel, numa programação que incluía nomes como Flaviola, Tamarineira Village (que logo passaria a se chamar Ave Sangria), Lula Côrtes, Phetus. E ainda, Canhoto da Paraíba, Carmélia Alves e Luiz Gonzaga. Canhoto não foi Carmélia, passou rapidinho pelo palco. Luiz Gonzaga esteve lá, e cantou uma música apropriada para o evento, O Parto de Sá Juvita (ou Sá Marica Parteira), de Zé Dantas. A gravadora carioca Discobertas lançou o áudio, em CD, da apresentação de Luiz Gonzaga no Festival de Verão de Guarapari, no Espírito Santo, realizado entre 11 e 14 de setembro de 1971. O disco, intitulado Baião dos Hippies, traz apenas Gonzagão, sua sanfona, e sua simpatia. Na época das vacas magras, ele costumava se apresentar sozinho. Essa gravação preciosa, completou 50 anos, até então continuava inédita em disco. Claro que o Xote dos Cabeludos não está no repertório, que é aberto com A Hora do Adeus (Luiz Queiroga/Onildo Almeida). Porém a música tem tudo a ver com os cabeludos... Continue Lendo no Teles Toques
quinta-feira, 2 de junho de 2022
Luiz Gonzaga - Baião dos hippies (1971/2021)...
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“No sertão do meu padim, no sertão de gente assim, cabeludo tem vez não”, versos de Xote dos Cabeludos, de José Clementino, com que Luiz Gonzaga, em 1967, fustigava a juventude que aderia a cabeleira longa e ao rock and roll, e não queria saber de baião. No auge do iê-iê-iê, ele se viu obrigado a fazer a praça nordestina, onde ainda tocava bem, ou então os nichos de conterrâneos no Rio ou São Paulo. No entanto, no inicio da década de 70, ocorreu um fenômeno que iria mudar o rumo da carreira de seu Luiz. Os elogios a Luiz Gonzaga e as regravações de músicas de sua obra feitas pelos tropicalistas levaram os jovens a se interessarem pelo Rei do Baião, e ele a se aproximar do novo público. Além de tocar nos festivais do Sudeste, a partir de 1971, Lua participou, em 1973, no Recife de um no Geraldão, com a turma do udigrudi, Tamarineira Village, Phetus, Lula Cortês, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, entre outros. E do desbundado I Parto da Música Livre do Nordeste, no Teatro de Santa Isabel, numa programação que incluía nomes como Flaviola, Tamarineira Village (que logo passaria a se chamar Ave Sangria), Lula Côrtes, Phetus. E ainda, Canhoto da Paraíba, Carmélia Alves e Luiz Gonzaga. Canhoto não foi Carmélia, passou rapidinho pelo palco. Luiz Gonzaga esteve lá, e cantou uma música apropriada para o evento, O Parto de Sá Juvita (ou Sá Marica Parteira), de Zé Dantas. A gravadora carioca Discobertas lançou o áudio, em CD, da apresentação de Luiz Gonzaga no Festival de Verão de Guarapari, no Espírito Santo, realizado entre 11 e 14 de setembro de 1971. O disco, intitulado Baião dos Hippies, traz apenas Gonzagão, sua sanfona, e sua simpatia. Na época das vacas magras, ele costumava se apresentar sozinho. Essa gravação preciosa, completou 50 anos, até então continuava inédita em disco. Claro que o Xote dos Cabeludos não está no repertório, que é aberto com A Hora do Adeus (Luiz Queiroga/Onildo Almeida). Porém a música tem tudo a ver com os cabeludos... Continue Lendo no Teles Toques
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Muito obrigado pela preciosidade sonora e pelo resgate histórico deste texto!
ResponderExcluirTexto incrivel do Teles!
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