São dois anos de existência, o que significa ser filho da pandemia. Nesse ínterim, o trio paulistano Anônimos Anônimos anuncia ao mercado fonográfico nacional seu produto de estreia. Intitulado Baita Astral, o EP foi produzido a partir de raros momentos de reunião possíveis entre as baixas ondas de proliferação da Covid-19 em 2021. Um suspense inebriante acompanha o ouvinte a partir de um sonar agudo e linear que paira pela introdução. Incertezas, expectativas e dúvidas circulam o ambiente com uma frequência quase desordenada até que, entre os deslizares das cordas, a guitarra produz um riff grave, curto e melancólico que curiosamente captura o ouvinte pelo seu teor introspectivo. Ao fundo, a bateria vem aumentando sua presença e pressão de maneira gradativa até que a melodia atinge seu ponto de ebulição ao exalar uma sonoridade cadenciada, azeda e explosiva. No primeiro refrão, um excesso de pressão proposital, estridente e potente vem do baixo de Roberto Bezerra como um chamado para que o ouvinte se atenha àquilo que Particelli tem a dizer. E em Esse Cara Não Sou Eu, o Anônimos Anônimos avalia o errôneo conceito socialmente empregado à palavra perfeição. Virilidade, força, beleza. A deuzificação do indivíduo. Porém, com sabedoria e consciência, o trio escancara a verdade de que, mesmo aqueles que, nos olhos de muitos, levam uma vida invejável, sofrem de seus próprios demônios negativistas. Mais do que dizer que a perfeição não é sinônimo de felicidade, Esse Cara Não Sou Eu, faixa mais delicada de Baita Astral, desmistifica a ideia de que o sofrimento tem presas preferidas. A depressão posta em protagonismo é uma enfermidade que não escolhe dia, hora nem classe social. Ela chega sem aviso e abraça sempre quem menos a espera. Uma análise social dramática que transpira desespero e angústia... Continue Lendo no site do Diego Pinheiro
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
Anônimos Anônimos - Baita Astral (2022)...
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São dois anos de existência, o que significa ser filho da pandemia. Nesse ínterim, o trio paulistano Anônimos Anônimos anuncia ao mercado fonográfico nacional seu produto de estreia. Intitulado Baita Astral, o EP foi produzido a partir de raros momentos de reunião possíveis entre as baixas ondas de proliferação da Covid-19 em 2021. Um suspense inebriante acompanha o ouvinte a partir de um sonar agudo e linear que paira pela introdução. Incertezas, expectativas e dúvidas circulam o ambiente com uma frequência quase desordenada até que, entre os deslizares das cordas, a guitarra produz um riff grave, curto e melancólico que curiosamente captura o ouvinte pelo seu teor introspectivo. Ao fundo, a bateria vem aumentando sua presença e pressão de maneira gradativa até que a melodia atinge seu ponto de ebulição ao exalar uma sonoridade cadenciada, azeda e explosiva. No primeiro refrão, um excesso de pressão proposital, estridente e potente vem do baixo de Roberto Bezerra como um chamado para que o ouvinte se atenha àquilo que Particelli tem a dizer. E em Esse Cara Não Sou Eu, o Anônimos Anônimos avalia o errôneo conceito socialmente empregado à palavra perfeição. Virilidade, força, beleza. A deuzificação do indivíduo. Porém, com sabedoria e consciência, o trio escancara a verdade de que, mesmo aqueles que, nos olhos de muitos, levam uma vida invejável, sofrem de seus próprios demônios negativistas. Mais do que dizer que a perfeição não é sinônimo de felicidade, Esse Cara Não Sou Eu, faixa mais delicada de Baita Astral, desmistifica a ideia de que o sofrimento tem presas preferidas. A depressão posta em protagonismo é uma enfermidade que não escolhe dia, hora nem classe social. Ela chega sem aviso e abraça sempre quem menos a espera. Uma análise social dramática que transpira desespero e angústia... Continue Lendo no site do Diego Pinheiro
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