terça-feira, 4 de abril de 2023

Gilu Amaral - O Sopro e a Percussão (2023)...




Veterano da cena olindense, conhecido por suas participações na Orquestra Contemporânea de Olinda, Academia da Berlinda (mais recentemente com o Ave Sangria), grupos de música elaborada, mas digamos, festeira, o percussionista Gilú Amaral lançou nessa quarta-feira, 15 de março, o álbum O Sopro e a Percussão, um trabalho que surpreende, não pela qualidade da música, o que já era esperado, mas porque nele Gilú Amaral mostra seu lado de maestro, reprocessando a cultura mourisca nordestina, com ritmos pernambucanos, passando por Nova Orleans e Cuba. Esta faceta revela-se na faixa de abertura, Aqualunte, princesa congolesa que veio para o Brasil como escrava, e viveu no Quilombo dos Palmares.  Um tema orquestral, com diálogo de metais, e um eloquente aparato percussivo que compreende tambores ilú, conga, ngoma e a mbira ou kalimba, do Zimbábue, além de caxixis, maracas, talking drum, djembe, dununba, sangban, kensedeni, sementes e darbuka. Ao longo de sete faixas, o disco nunca cai no óbvio. A faixa Encontro de Culturas, é um caboclinho, mas diferente, em que pífano e clarinete se enfrentam num duelo de solos. Entre os músicos que arregimentou para este projeto, gravado entre 2017 e 2021, no estúdio Carranca, estão, entre outros, o onipresente Henrique Albino, Parrô Melo, Ivan do Espírito Santo, Nilsinho Amarante, Alexandre “Copinha” Rodrigues, Alex Santana e Jonatas Gomes, entre outros... Continue Lendo no TeleToques

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