Os versos encaixados logo nos minutos iniciais de Tenho Acordado Dentro Dos Sonhos (2023, Índigo Azul), quinto e mais recente trabalho de estúdio de Juliano Gauche, funcionam como uma boa representação de tudo aquilo que o cantor e compositor capixaba busca desenvolver ao longo da obra. “Horas que vem / Horas que vão / Passam por mim / Vão me levar“, canta em uma delicada reflexão sobre a morosidade e as pequenas angústias experienciadas durante o período pandêmico, quando o músico, isolado na praia de Manguinhos, no Espírito Santo, desenvolveu o econômico repertório do sucessor de Afastamento (2018). De essência intimista, como tudo aquilo que Gauche tem desenvolvido desde as primeiras empreitadas em estúdio, o registro de sete faixas contrasta a economia dos arranjos com a profundidade dos versos que funcionam como um mergulho na mente do próprio compositor. São delicadas criações que tratam sobre a impossibilidade de controlar o mundo ao redor, resgatam lembranças empoeiradas e estabelecem no forte interesse do artista por temas metafísicos uma importante fonte de inspiração para o curto repertório arranjado em parceria com Sérgio Benvenuto e produzido pelo músico em colaboração com Klaus Sena... Continue Lendo no Música Instantânea
terça-feira, 18 de abril de 2023
Juliano Gauche - Tenho acordado dentro dos sonhos (2023)...
Os versos encaixados logo nos minutos iniciais de Tenho Acordado Dentro Dos Sonhos (2023, Índigo Azul), quinto e mais recente trabalho de estúdio de Juliano Gauche, funcionam como uma boa representação de tudo aquilo que o cantor e compositor capixaba busca desenvolver ao longo da obra. “Horas que vem / Horas que vão / Passam por mim / Vão me levar“, canta em uma delicada reflexão sobre a morosidade e as pequenas angústias experienciadas durante o período pandêmico, quando o músico, isolado na praia de Manguinhos, no Espírito Santo, desenvolveu o econômico repertório do sucessor de Afastamento (2018). De essência intimista, como tudo aquilo que Gauche tem desenvolvido desde as primeiras empreitadas em estúdio, o registro de sete faixas contrasta a economia dos arranjos com a profundidade dos versos que funcionam como um mergulho na mente do próprio compositor. São delicadas criações que tratam sobre a impossibilidade de controlar o mundo ao redor, resgatam lembranças empoeiradas e estabelecem no forte interesse do artista por temas metafísicos uma importante fonte de inspiração para o curto repertório arranjado em parceria com Sérgio Benvenuto e produzido pelo músico em colaboração com Klaus Sena... Continue Lendo no Música Instantânea
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