O projeto tem seis anos e dois EPs, mas é só agora, no meio do terceiro trimestre do ano, que o projeto cearese Indigo Mood, que já passou pelo SIM São Paulo e o festival A Porta Maldita, enfim anuncia seu álbum de estreia. Intitulado Fim Do Autoengano, o material marca um momento de transição do grupo. A paisagem é poente. O aroma é floral e o sabor é doce. A energia é macia e a textura é de um veludo natural, tal como caminhar as mãos pelas superfícies das flores em uma enorme plantação. Sua melodia é igualmente macia e doce, mas com notas sensuais que entregam um caráter sedutor irresistível. É assim que, entre o soul e o indie rock criado pelo felpudo e delicadamente ácido sonar do órgão de Leonardo Mendes, o sobrevoo entorpecido da guitarra de Diego Silvestre e pelo provocante, grave, marcante, mas tímido caminhar do baixo de Felipe Couto, a canção é como se deixar levar pelo reconfortante momento de ócio. O ver o tempo passar, sem se preocupar com coisa alguma, apenas reverenciando uma paisagem imutável, apenas recebendo novas tonalidades conforme o dia se transforma em noite. Depois que o vocal de timbre suave e de dulçor agridoce contagiante de Mendes entra em cena iniciando o contexto lírico, Cadeira De Praia evolui para uma surpreendente mistura swingada de soul e reggae cujo movimento da bateria de PH Barcellos se torna o elemento principal do desenho rítmico. É assim que Cadeira De Praia, com rompantes ácidos fornecidos pelo hammond, dialoga sobre um coração pulsante e romântico, apaixonado pelo seu par, mas que viu, aos poucos, a reciprocidade diminuir e se manter apenas a unilateralidade de sentimentos. O fim é doloroso e a lamentação do ontem, inerente às falas soltas ao vento apenas como forma de um monólogo pensante, consegue ser corrosivas pelo simples fato de não se achar respostas... Continue Lendo no Site do Diego Pinheiro
terça-feira, 15 de agosto de 2023
Indigo Mood - Fim do Autoengano (2023)...
Download: Fim do Autoengano (2023).rar
O projeto tem seis anos e dois EPs, mas é só agora, no meio do terceiro trimestre do ano, que o projeto cearese Indigo Mood, que já passou pelo SIM São Paulo e o festival A Porta Maldita, enfim anuncia seu álbum de estreia. Intitulado Fim Do Autoengano, o material marca um momento de transição do grupo. A paisagem é poente. O aroma é floral e o sabor é doce. A energia é macia e a textura é de um veludo natural, tal como caminhar as mãos pelas superfícies das flores em uma enorme plantação. Sua melodia é igualmente macia e doce, mas com notas sensuais que entregam um caráter sedutor irresistível. É assim que, entre o soul e o indie rock criado pelo felpudo e delicadamente ácido sonar do órgão de Leonardo Mendes, o sobrevoo entorpecido da guitarra de Diego Silvestre e pelo provocante, grave, marcante, mas tímido caminhar do baixo de Felipe Couto, a canção é como se deixar levar pelo reconfortante momento de ócio. O ver o tempo passar, sem se preocupar com coisa alguma, apenas reverenciando uma paisagem imutável, apenas recebendo novas tonalidades conforme o dia se transforma em noite. Depois que o vocal de timbre suave e de dulçor agridoce contagiante de Mendes entra em cena iniciando o contexto lírico, Cadeira De Praia evolui para uma surpreendente mistura swingada de soul e reggae cujo movimento da bateria de PH Barcellos se torna o elemento principal do desenho rítmico. É assim que Cadeira De Praia, com rompantes ácidos fornecidos pelo hammond, dialoga sobre um coração pulsante e romântico, apaixonado pelo seu par, mas que viu, aos poucos, a reciprocidade diminuir e se manter apenas a unilateralidade de sentimentos. O fim é doloroso e a lamentação do ontem, inerente às falas soltas ao vento apenas como forma de um monólogo pensante, consegue ser corrosivas pelo simples fato de não se achar respostas... Continue Lendo no Site do Diego Pinheiro
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