Labirinto da Memória, o novo álbum de estúdio do Dead Fish, vem para comprovar uma surpreendente consistência de ótimos lançamentos - que começou em Vitória (2015), passou pelo petardo Ponto Cego (2019), e chega agora num conjunto de 13 canções que não saem da curva. Além disso, a banda que sempre se notabilizou por letras afiadas, continua mostrando que se faz necessária nos dias atuais. Num cardápio hardcore vigoroso, o quarteto combate a acomodação e a passividade, distribuindo dedos em feridas e trazendo reflexões sobre temas de gatilho para alguns dos principais debates sociais contemporâneos. Guitarras em ritmo quebrado dão o tom na fortíssima "Adeus Adeus", que abre o disco num claro questionamento ao uso das religiões. "O Preço da escolha transformado em culpa / O preço da pureza é a castração", canta a voz carimbada de Rodrigo Lima. Na sequência, o primeiro single do disco ("Dentes Amarelos") faz uma reflexão sobre a importância de ser o que é e sobreviver, mesmo com vitórias e fracassos na vida. "Aprendendo a ter orgulho dos meus dentes amarelos / Que rangem quando falo, mas se calo, esfarelam", diz um trecho da letra. Como não poderia deixar de ser, a crítica ao imperialismo capitalista e ao neoliberalismo está presente em "11 de Setembro" e seu riff levanta defunto - destaque para a cozinha da banda, que segura a pressão de maneira sublime e traz uma levada mais versátil ao som do grupo... Continue Lendo no Rock On board
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024
Dead Fish - Labirinto da Memória (2024)...
Labirinto da Memória, o novo álbum de estúdio do Dead Fish, vem para comprovar uma surpreendente consistência de ótimos lançamentos - que começou em Vitória (2015), passou pelo petardo Ponto Cego (2019), e chega agora num conjunto de 13 canções que não saem da curva. Além disso, a banda que sempre se notabilizou por letras afiadas, continua mostrando que se faz necessária nos dias atuais. Num cardápio hardcore vigoroso, o quarteto combate a acomodação e a passividade, distribuindo dedos em feridas e trazendo reflexões sobre temas de gatilho para alguns dos principais debates sociais contemporâneos. Guitarras em ritmo quebrado dão o tom na fortíssima "Adeus Adeus", que abre o disco num claro questionamento ao uso das religiões. "O Preço da escolha transformado em culpa / O preço da pureza é a castração", canta a voz carimbada de Rodrigo Lima. Na sequência, o primeiro single do disco ("Dentes Amarelos") faz uma reflexão sobre a importância de ser o que é e sobreviver, mesmo com vitórias e fracassos na vida. "Aprendendo a ter orgulho dos meus dentes amarelos / Que rangem quando falo, mas se calo, esfarelam", diz um trecho da letra. Como não poderia deixar de ser, a crítica ao imperialismo capitalista e ao neoliberalismo está presente em "11 de Setembro" e seu riff levanta defunto - destaque para a cozinha da banda, que segura a pressão de maneira sublime e traz uma levada mais versátil ao som do grupo... Continue Lendo no Rock On board
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