quarta-feira, 1 de maio de 2024

Mascote, Dr. Drumah - Jornada Dupla (2024)...



A história de “Mascote du Contra” é de uma excelência indiscutível dentro da não história do Rap Nacional. Ora, por que não história? Simples meu caro consumidor de música, se houvesse de fato uma história elaborada sobre a história do Rap Nacional, Mascote teria o reconhecimento de uma carreira brilhante e essencial para o entendimento dos últimos 24 anos do rap nacional. Tendo feito parte de dois grandes grupos fundamentais para o desenvolvimento do rap e da cultura hip-hop, segue como um ilustre desconhecido de grande parte dos idiotas que hoje compõem tanto o público como a “mídia” do REP. Nadando contra a maré das modas e construindo uma caminhada enquanto MC da Cultura Hip-Hop, Mascote fez parte do fundamental Contra Fluxo. Grupo fundado em 2003 e composto também pelos DJ’s Big Edy e Willian, e pelos MC’s Mascote, Munhoz, Rodrigo Ogi e Deja Vu. O grupo lançou dois discos que são indispensáveis para entender o rap underground nacional (aqui tomado como concepção estética e não como termo de posição na indústria cultural): Missões e Planos (2005) e SuperAção (2007). Se tivesse ficado por aqui, já seria nome obrigatório ao se falar da nossa história. Inquieto, participou de um dos grupos mais importantes para o pouco conhecido Rap Jazz nacional, o clássico Primeira Audição. Formado por Gelleia, Rato Fritz, Omig One (Mental Abstrato) nas rimas e batidas e os produtores Calmão e DJ Soares, os caras lançaram dois plays sensacionais: A Primeira Audição é a Que Fica (2006) e Muito Antes de a Gente Chegar (2017). Perceba, caro leitor, aqui temos já um MC em dois projetos originários dentro do cenário, mas ainda assim, um ilustre desconhecido. No entanto, Mascote ainda soltou plays solo com Eu (2013), singles em coletâneas do Dj. Caique e de Gori Beatzz e o EP Ligue os Pontos (2023) com seu parceiro de Contra Fluxo Deja Vu, que são discos excelentes da boombapzera under. Portanto, nos parece que essa breve listagem comprova as duas ideias aqui presentes: a ausência de uma história do Rap Nacional e como consequência e por questões também de mercado, a formação de um público idiota de meros consumidores, assim como de uma mídia que se compraz em reificar esse cenário estúpido. Mas, temos também em Jornada Dupla, um dos mais importantes produtores do cenário nacional que também é um ilustre desconhecido dos consumidores do Rap Nacional. Dr. Drumah aka Jorge Dubman é comprovadamente dono de uma discografia fundamental para quem curte produções onde samples e batidas alcançam o status de pinturas, construções quase pictóricas de paisagens sonoras. Já escrevemos anteriormente sobre o quanto Dr.Drumah é um real mestre vivo, no auge de sua produção como produtor e como baterista e band leader... Continue Lendo no Oganpazan

 

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