Pouco mais de um ano após o lançamento de seu último álbum, o cantor e compositor gaúcho Duda Fortuna retornou aos estúdios para produzir um novo material. Vendido por ele como um ‘suco de possibilidades’, DUAL, o sucessor direto de Noite Dos Abraços, se configura como o terceiro disco de estúdio de Fortuna. O Sol está nascendo além das montanhas. Enquanto a grama, ainda úmida do sereno, vai recebendo, com delicadeza, seus primeiros raiares de luz, a vida começa a acontecer e as silhuetas da paisagem se tornam mais nítidas. Pela janela do quarto, por entre suas fendas, a luz natural invade o ambiente e desperta o indivíduo embaixo dos cobertores. Não muito longe dali, o cheiro de café recém-coado e o som da água escorrendo em delicados borbulhares por meio do coador sonorizam e perfumam todo o cenário. Tal frescor, tal delicadeza e tal fragilidade de uma pureza denotativamente bucólica são trazidos com gentileza e educação por uma conjuntura de violões que, pelas mãos de Ana Lima, se dividem entre sonares graves e serenos que se unem pelo dulçor e pelo senso de compaixão. Dali em diante, não demora para que a canção seja abraçada por um conjunto de vozes capaz de criar uma sintonia direta com essa energia. Fátima Farias, Duda Fortuna e Ana criam uma receita mista de texturas e sabores que vão da agudez ao dulçor. E é justamente pela união dessas três vozes que nasce o trunfo de Milonga Quero-Quero, a harmonia frágil, fresca e serena favorecida pelos diferentes timbres. Com estrutura minimalista e estrutura sertaneja, a canção, pela sua arquitetura geral, acaba tendo muito em comum com a energia doce e quase transcendental de Anunciação, single de Alceu Valença. É assim que Milonga Quero-Quero celebra a simplicidade, enquanto narra o processo de maturidade do personagem e seu desejo singelo, mas sincero, por independência... Continue Lendo no Site do Diego Pinheiro
sexta-feira, 18 de outubro de 2024
Duda Fortuna - Dual (2024)...
Download: Dual (2024).rar
Pouco mais de um ano após o lançamento de seu último álbum, o cantor e compositor gaúcho Duda Fortuna retornou aos estúdios para produzir um novo material. Vendido por ele como um ‘suco de possibilidades’, DUAL, o sucessor direto de Noite Dos Abraços, se configura como o terceiro disco de estúdio de Fortuna. O Sol está nascendo além das montanhas. Enquanto a grama, ainda úmida do sereno, vai recebendo, com delicadeza, seus primeiros raiares de luz, a vida começa a acontecer e as silhuetas da paisagem se tornam mais nítidas. Pela janela do quarto, por entre suas fendas, a luz natural invade o ambiente e desperta o indivíduo embaixo dos cobertores. Não muito longe dali, o cheiro de café recém-coado e o som da água escorrendo em delicados borbulhares por meio do coador sonorizam e perfumam todo o cenário. Tal frescor, tal delicadeza e tal fragilidade de uma pureza denotativamente bucólica são trazidos com gentileza e educação por uma conjuntura de violões que, pelas mãos de Ana Lima, se dividem entre sonares graves e serenos que se unem pelo dulçor e pelo senso de compaixão. Dali em diante, não demora para que a canção seja abraçada por um conjunto de vozes capaz de criar uma sintonia direta com essa energia. Fátima Farias, Duda Fortuna e Ana criam uma receita mista de texturas e sabores que vão da agudez ao dulçor. E é justamente pela união dessas três vozes que nasce o trunfo de Milonga Quero-Quero, a harmonia frágil, fresca e serena favorecida pelos diferentes timbres. Com estrutura minimalista e estrutura sertaneja, a canção, pela sua arquitetura geral, acaba tendo muito em comum com a energia doce e quase transcendental de Anunciação, single de Alceu Valença. É assim que Milonga Quero-Quero celebra a simplicidade, enquanto narra o processo de maturidade do personagem e seu desejo singelo, mas sincero, por independência... Continue Lendo no Site do Diego Pinheiro
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