terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Maria Beraldo - Colinho (2024)...





Desde a Quartabê, banda instrumental que despontou com a mistura de jazz, pop e influência da Vanguarda Paulista, Maria Beraldo mostra intimidade com as bricolagens sonoras: a progressão das músicas surpreende um ouvido mais desatento, com um jogo de recorta-e-cola interessantíssimo, fruto de uma vasta pesquisa musical e de uma mente fora da zona de conforto que impõe padrões e outras tantas limitações. Foi com toda essa experiência — agregada, ainda, a tocar junto a nomes como Arrigo Barnabé, Elza Soares e Iara Rennó — que a artista lançou ao mundo seu primeiro trabalho solo, Cavala (2018). O termo “solo”, aqui, vai além do lugar-comum. O processo de composição das músicas foi duramente solitário, pois foi também um processo de entender e aceitar sua própria sexualidade. Quando o trabalho ficou pronto para outros ouvidos, agradou de cara. A artista recebeu muitas mensagens de pessoas que, para além de admirá-la, também se identificavam com suas canções. Questiono a ela se as perguntas em torno de sua sexualidade chegam a irritar — imagino que deva receber várias delas em entrevistas, ironicamente, inclusive de mim. Mostrando-se sempre coerente com suas respostas, ela diz: “Acho que ninguém sai ileso de fazer uma obra de arte, não tem como. É um negócio de atravessamento puro, de muita exposição, de fato.”... Continue Lendo na Noize

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