Tinha que rolar, fazia tempo, uma zoação com esses reality shows de pegação que se passam em cidades de praia. No caso da estreia do
Rã, a brincadeira com Rio Shore fica mais no título (referência ao balneário paulista de Praia Grande) e na capa, com farofa na areia, isopor e instrumentos musicais. Do começo ao fim, a Rã faz uma mescla progressivo-punk-stoner-psicodélica de bom humor, destacando os sons de sintetizador de Iuri dos Teclados, muitas vezes lembrando os solos malucos de Dave Greenfield, nos Stranglers. O single de Praia Grande shore, bem curto, é a curiosa Banda nada a ver com você, que abre como uma espécie de tecno power pop, e segue para algo que lembra Mutantes e Kinks – a letra fala sobre um roqueiro que tenta conquistar uma fã de pagode, mesmo que ela deteste o som que ele ouve. O teclado, em vez de aumentar o lado “tecnológico”, muitas vezes suja mais ainda as músicas, como no punk espacial de JCV, a mescla de punk sombrio e shoegaze de Tobogã, e a psicodelia fluida de Video game. Já Kawazaki começa com um som de drone, ou de ar condicionado antigo (daqueles barulhentos) ligado, prosseguindo para um papo surrealista sobre motocicletas...
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