Quando penso em favela hoje em dia, penso na expressão mais plural de uma das tecnologias ancestrais de sobrevivência em um território que na teoria nos declara humanos, entretanto, nas ruas e quebradas existir durante a ronda deles é crime. Mas ao contrário do fetiche colonial no qual as comunidades vivem a escassez, o rapper potiguar Cafuzo da Baixada (José Kleber Alves Lima, 33) como um bom filho de Xangô e juiz das ruas da Baixa do Cão, zona oeste de Natal, mostra que favela é prosperidade, responsa e ancestralidade. ‘Morra de Inveja, Eu sou Favela’ é um álbum carregado de um futurismo favelado o qual tem sua própria estética e usa dela como código no campo de guerra da apropriação; que, em vão, tenta afetar a autoestima de quem é cria. A camisa de time é código para superação financeira e acima disso: lealdade às raízes. Ou como é mais bonito no dialeto favelado, “não troco minhas áreas”. O álbum produzido mais uma vez em parceria com Walter Nazario, grande beatmaker do Rio Grande do Norte, traz o espiral de sonoridades do qual emana dos muros coloridos da comunidade; Grime Brega Funk, Trap, Funk e um espaço para o nosso Arrocha... Continue Lendo no Quilombo Cibernético
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
Cafuzo da Baixada - Morra de Inveja, Eu Sou Favela (2022)...
Quando penso em favela hoje em dia, penso na expressão mais plural de uma das tecnologias ancestrais de sobrevivência em um território que na teoria nos declara humanos, entretanto, nas ruas e quebradas existir durante a ronda deles é crime. Mas ao contrário do fetiche colonial no qual as comunidades vivem a escassez, o rapper potiguar Cafuzo da Baixada (José Kleber Alves Lima, 33) como um bom filho de Xangô e juiz das ruas da Baixa do Cão, zona oeste de Natal, mostra que favela é prosperidade, responsa e ancestralidade. ‘Morra de Inveja, Eu sou Favela’ é um álbum carregado de um futurismo favelado o qual tem sua própria estética e usa dela como código no campo de guerra da apropriação; que, em vão, tenta afetar a autoestima de quem é cria. A camisa de time é código para superação financeira e acima disso: lealdade às raízes. Ou como é mais bonito no dialeto favelado, “não troco minhas áreas”. O álbum produzido mais uma vez em parceria com Walter Nazario, grande beatmaker do Rio Grande do Norte, traz o espiral de sonoridades do qual emana dos muros coloridos da comunidade; Grime Brega Funk, Trap, Funk e um espaço para o nosso Arrocha... Continue Lendo no Quilombo Cibernético
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